segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Santos da Ria e Outros Olhares




Santos da Ria e outros olhares
Teresa Brójo

 A primeira parte de exposição tem como motivo os Santos que foram acolhidos nas tradições culturais das gentes da região de Aveiro. Uma  vontade visível na presença de imagens destes Santos nos espaços públicos, assim como amplamente acolhidos nos espaços íntimos das casas e nas convicções de muitos dos residentes nesta região.
 A outra parte da exposição é uma alusão ao outro que também é nosso. O Castelo de Guimarães sofre deformações formais, sendo-lhe dada uma outra identidade, um outro olhar. Nela se conta uma história imaginária  de uma família real repleta de regalos  e deleites  palacianos. 
O Castelo de Guimarães e o ideário das raízes de uma cultura, são o motivo para uma série de desenhos e cerâmica de faiança originados no ideário e lendas do castelo. Neste corpo de trabalho é recorrente o uso da forma circular para reforçar a ideia de amparo, resguardo, posse e conquista, em contraponto com a estrutura austera e retilínea do edificado do castelo, para expor uma presença mais orgânica  e visceral.

Foi no Castelo que segui o teu olhar
olhar de gente, olhar parado, olhar de quem quer olhar,
olhar de continuar a olhar,
olhar de quem, quer pensar em olhar,
olhar de quem , quer levar consigo o olhar,
olhar de quem, faz brilhar o seu próprio olhar,
olhar de quem quer amar.
Foi no Castelo que segui  o teu olhar.
Teresa Brójo





Teresa Brójo | n. 1965, Porto
Frequentou a Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis no curso Técnicas e Artes do Fogo. Conclui  na mesma escola o Curso Profissional de Pintor Decorador Cerâmico. Posteriormente, completou o Curso Superior de Desenho na Escola Superior e Artística do Porto [E.S.A.P]. Tem participado em inúmeras exposições individuais e coletivas.

“Primeiro, observar e julgar uma parcela do real já pintada, já fotografada, já conhecida...
Depois, perante manchas de cor, traços e linhas, descobrir que houve alquimia, se fez desaparecer as referências e se criou uma nova ordem resultado de transfiguração entre o visível e o que só os sentidos experimentam...
 Finalmente, a envolvência e a conquista...”
Paulo Vieira

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