Medalha de Ouro do Milenário
1959
5,5 cm
Ouro
MCA
O ano de 1959 mereceu uma atenção especial por parte dos aveirenses. A ocasião assim o impunha tendo em conta que se comemoravam mil anos sobre a primeira referência documental conhecida a Aveiro inscrita no testamento da Condessa Mumadona Dias ao Mosteiro de Guimarães. A essa efeméride acrescia a celebração dos duzentos anos sobre a elevação à categoria de cidade, por decreto de D. José. Por este facto, os festejos, ainda hoje permanecem gravados na memória de todos os que os presenciaram.
Desses momentos de comemoração persistem, no espaço urbano, algumas evidências como o monumento erguido, no Rossio, ao navegador da época dos Descobrimentos João Afonso de Aveiro ou o topónimo Praça do Milenário, junto da Sé e do Museu da Aveiro que, muito embora hoje substituído pela designação de Avenida Santa Joana, ainda persiste na memória da comunidade. Curiosamente, um dos grandes elementos de referência dos festejos, um grandioso mastro erguido à entrada da cidade, junto da Ponte da Dobadoura, construído nos estaleiros Bolais Mónica e colocado em Abril de 1958, viria a ser, mais tarde, retirado.
A panóplia de festejos de 1959 mereceu honras de visita de diversas figuras de relevo no panorama social e político nacional incluindo o próprio Chefe de Estado, o Almirante Américo Tomás, recebido em Aveiro no meio de grande manifestação popular e a quem foi oferecida, precisamente, a Medalha de Ouro do Milenário.
A organização de todo o complexo programa [cerimónias oficiais e religiosas, inaugurações, cortejos, provas desportivas, exposições e concertos, iluminações e arruadas, publicação de obras sobre Aveiro] desenrolou-se por largos meses e exigiu a uma estrutura funcional coordenada por uma Presidência Geral composta por dezassete comissões especializadas, uma comissão de honra e uma comissão consultiva envolvendo largo número de colaboradores e ilustres da cidade e da região.
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